OBÍ, COCA-COLA E MITOLOGIA
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A coca-cola bebida consumida em larga escala, no mundo inteiro, traz como substancia primordial a cola. Ou seja a noz-de-cola (também chamada de Kezu ou makezu entre os bantus, abajá, café-do-sudão, em língua ioruba obi e emoutras variantes como oribi.) é uma planta da subfamília Sterculioideae (Malvaceae). As variedades mais comuns são obtidas de várias árvores do oeste ao lado meridional da África ou da Indonésia, como Cola nitida ou Cola vera e a Cola acuminata. O grupo contém um total de 125 espécies. Nozes-de-cola. Geralemtne possuí um gosto amargo contem grande quantidade de cafeína, a noz-de-cola é usada por muitas culturas da África, tanto individualmente quanto em grupo. Muitas vezes é usada cerimonialmente ou dada para convidados. No Brasil, é impossível realizar a cerimonia de iniciação nos cultos afros sem esta semente, importante símbolo de perpetuação da ancestralidade entre o sagrado e a necesidade da refeição símbolica tão importante nas praticas negras.
A noz era utilizada originalmente
para produzir refrigerantes a base de cola. Não é a toa que a coca-cola é uma
das bebidas mais apreciadas, pois é vendida e consumida em mais de 20 países. A
nós de cola por ser rica em cafeína é um estimulante natural que regula o
sistema nervoso é excitante, muito útil contra a fadiga e em casos de uso
excessivo solicitar ao organismo. Usado para aumentar o desempenho físico e
intelectual. Também pode causar insônia se consumido em demasia como indica a
medicina popular. A nóz de cola está associada a muitos mitos e lendas. Diz a
lenda que Xàngó foi o terceiro Aláàfin de Òyó, Rei de Oyó, filho de Oranian e
Torosi, a filha de Elempê, rei dos tapás, aquele que havia formado uma aliança
com Oranian. Cresceu no país de sua mãe, indo morar mais tarde em Kòso, onde
era rejeitado pela população por ser violento e impetuoso. Contudo, conseguiu
reinar pela força. Em seguida, acompanhado pelo seu povo, foi para Oyó, onde
estabeleceu um bairro que recebeu o nome de Koso, Dadá Ajaká, filho mais velho
de Oranian, irmão consangüíneo de Sàngó, reinava então em Oyó. Mas não tinha a
energia de um verdadeiro chefe daquela época. Por isso, Xàngó o destronou,
exilado em Igboho, durante os sete anos de reinado de seu meio irmão. Depois
que Sangó deixou Oyó, Dadá Ajaka voltou a reinar, e dessa vez como um valente
guerreiro, voltando-se contra os parentes da família materna de Xàngó. Diz a lenda
que ao término do seu império prefiriu se enforcar em um pé de obí (nóz de
cola) do que se entregar ao exercto inimigo. Conhecido no Brasil ou no caribe
como a divindade dos raios. Utiliza-se de uma insignia inrreconhecível o
machado de duas faces e a sua saudação em ioruba é Ká wòóo, Ká biyè sí! (olhem
a nossa majestade).
Para os afrobrasileiros de tradição congo-angola Kesu era um linda
mulher que vivia sem companheiro,e se apaixonou por um amor poríbido, porém
este enamorado se metendo em grandes confusões, foi morto por Zaze o
justiceiro,então depois de muitas lágrimas de Kezu, Zambe (Deus na língua
africana) se compadeceu de seu sofrimento e lhe apresentou um grande
companheiro dagaga o "orobo" outro fruto muito utilizado entre os
africanos e afrobrasileiros. Dagaga é enterrado vivo e após alguns meses nasce
uma linda árvore e ao seu lado um belo homem enamorado.